Em sua participação no pequeno expediente da sessão legislativa desta quarta-feira, 1º, o vereador Catulé (Republicanos) cobrou, com veemência, que a presidência da Câmara Municipal de Caxias (CMC) volte a transmitir os trabalhos da Casa ao vivo, via internet, a fim de que a população caxiense, do Maranhão e do Brasil saiba o que os parlamentares fazem dentro do parlamento local. O vereador justificou a sua demanda dizendo que a transmissão ao vivo das sessões tem o poder de reunir os 19 vereadores da bancada, contribuindo para reduzir o número de faltosos no plenário, situação que acontece sempre após a ocorrência de uma sessão de discussões republicadas acaloradas. “Na última segunda-feira, senhor presidente, tivemos uma sessão plena de debates, discutindo até acaloradamente os problemas da cidade e do município. Hoje, porém, assisti a dificuldade que existiu para termos o quórum regimental para realizar esta sessão. O pessoal desaparece, a casa fica vazia e quase não tinha sessão. Foi preciso haver a sua intervenção para podermos trabalhar. Então, acho necessário que as sessões voltem a ser transmitidas ao vivo, porque assim o povo caxiense assistirá como se comportam os parlamentares que foram eleitos para representá-lo”, disse o decano da CMC.
Catulé lembrou que, quando foi presidente na legislatura passada, gastava dois mil reais por mês para produzir as sessões on-line na CMC. Ele frisou que isso incomodava muita gente, inclusive o prefeito, mas muitos temas relevantes para o município foram discutidos e tiveram solução, explicando que, quando determinados assuntos caem no meio da opinião pública, o político procura acertar e refazer os erros.
O vereador lamentou que a platéia presente na galeria do plenário se restrinja atualmente a assessores e correligionários dos vereadores, e pontuou também que a falta de uma grande imprensa em Caxias, imparcial, deixa à vontade aqueles que têm interesse de que ninguém saiba o que os vereadores estão dizendo dentro do parlamento municipal.
Catulé revelou que está machucado com o fato de Caxias já ter chegado a um quinto plano na escala de importância dentro do Maranhão,muito embora o seu temor, citando o último censo do IBGE, seja maior, com medo de que a cidade fique atrás de Codó, Aldeias Altas e São João do Sóter, por exemplo. “Nós estamos só caindo. Todos percentuais dessa cidade, um comércio desgraçado, desemprego, ladroagem, ladrão nas ruas. Só na minha casa, entraram duas vezes. Então, senhor presidente, é preciso que a gente ponha aqui, on-line, ao vivo, o que estamos fazendo”.
Afirmando estar doído por dentro, o parlamentar ressaltou que a TV Mirante, na última terça-feira, 28/02, voltou a informar que o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que é maranhense, escolheu 22 cidades para instalar internet 5G, colocou na vizinha cidade de Timon, mas esqueceu Caxias.
“Nossa cidade está como lixo, para as pessoas que vêm de fora. É uma cidade que todo dia cai; entra órgão, tira órgão, o INSS acabou. Mas sabem quem lamentou a situação, fora o vereador Catulé, o próprio repórter da TV Mirante, que disse: Mais uma vez, Caxias esquecida, penalizada. E é por isso que eu digo, se nós tivéssemos as nossas sessões ao vivo, uma imprensa dura tinha chegado lá no ministro Juscelino, um homem que tirou a maior votação para deputado federal na cidade de Matões, quase 10 mil votos, e que também não ganhou a internet 5G”, protestou.
As sessões transmitidas on-line, na sua avaliação, servirão para povo ficar esclarecido e não cometer injustiça com os vereadores que trabalham e querem denunciar. “Aqui ninguém é contra ninguém. Nós somos é a favor do povo que nos elege e que nos manda para cá, nesta casa. Já vi de tudo, nesta casa. Eu acho que é por isso que eu estou esses anos todos, nesta casa. Não sei ver uma coisa e dizer que é outra. Eu não nasci para babar ovo ninguém,… mas nossa cidade, se nós prestarmos atenção, tá sem freio, e é por isso que eu quero as sessões ao vivo, para que o povo saiba quem está do lado dele”, concluiu.
