Vereadores assumem tática inusitada ao apresentarem denúncias na CMC

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Ver. Luís Lacerda (PCdoB) e ver. Daniel Barros (PDT)

 

No pequeno expediente da sessão ordinária desta quarta-feira, 1º, no legislativo municipal, os dois vereadores oposicionistas ao governo na Casa, Luís Lacerda (PCdoB) e Daniel Barros (PDT), voltaram a fustigar a gestão municipal, mas usando uma nova tática de comportamento no plenário: atacam a gestão no pequeno expediente, quando nenhum colega pode intervir, solicitando aparte, e depois deixam rapidamente o recinto para não ouvirem respostas às suas manifestações.
Luís Lacerda, falando primeiro, criticou a Secretaria de Educação por haver iniciado as aulas em algumas escolas da rede municipal, sem que todas as unidades escolares estivessem em funcionamento, em razão de reformas. O vereador citou o caso das escolas municipais Jacyra Vilanova e Lourdes Feitosa como duas dessas unidades que começaram a ser reformadas exatamente no dia 28 de fevereiro, data oficialmente projetada ao pleno funcionamento de toda a rede municipal de ensino.
Já Daniel Barros lamentou que o início das aulas só esteja acontecendo agora, no dia 1º de março, quando deveria ter sido iniciado em 12 de fevereiro. Para ele, isso é mais um fato que demonstra a falta de compromisso da gestão municipal com a população, pois, enquanto falta até os mais simples medicamentos nos hospitais públicos, como dipirona, para febre e dor, e merenda escolar nas escolas, a Prefeitura de Caxias preferiu investir em cerveja, e distribuir 20 mil latas a brincantes, inclusive crianças, no corredor da folia do último carnaval, a avenida Alexandre Costa.
Com os dois pronunciamentos, os dois oposicionistas praticamente incendiaram os ânimos no plenário, mobilizando a grande bancada governista a intervir para rebater as denúncias. Mas o grupo, no entanto, acabou surpreendido pela retirada intempestiva de ambos do plenário, sob a alegação de terem de cumprir compromissos já agendados, como irem, por exemplo, a algumas escolas da cidade e da zona rural, a fim de verificarem se estão sendo feitas, ou não, a reforma anunciada de algumas escolas.
Antes de sair, Daniel Barros teve um pequeno entrevero com o líder do governo, vereador Charles James (Solidariedade), que solicitava a sua permanência no recinto para ouvir também os colegas que, por força regimental, tiveram que assistir calados as acusações, situação que o oposicionista ignorou com o argumento de que o mandato era seu, estava agindo assim porque tinha assumido compromisso, e ninguém poderia mandar no seu mandato