O vereador Magno Magalhães (PL), ao falar durante o pequeno expediente da sessão desta segunda-feia, 20, no legislativo municipal, solicitou que a casa venha disponibilizar um intérprete de libras para acompanhar os trabalhos legislativos caxienses. De acordo com o vereador cerca de 5% da população brasileira é constituída de surdos e mudos, e este é um dado que alcança também Caxias.
Magalhães lembrou, no entanto, que a sua reivindicação era antiga, ainda do seu primeira mandato, quando deu entrada em um projeto de lei propondo a instituição de um intérprete de libras na casa, e que naquele momento estava exortando o presidente da CMC, vereador Ricardo Rodrigues, que é do PT, um partido que governa o país com uma proposta de inclusão, a materializar a proposta, “se possível sem causar ônus ao erário deste parlamento”.
A sua proposição também foi endereçada à atenção do vereador Mário Assunção (Republicanos), que é professor e tem trânsito livre pelas pastas da educação do estado e do município, pedindo-lhe a ajuda possível para consolidar sua pretensão no interesse de ajudar muitas famílias caxienses. No entendimento de Magno Magalhães, que também é médico, Caxias pode ter aproximadamente oito mil famílias enfrentando problemas auditivos, e essas são pessoas que precisam ser assistidas pelo poder público. “São cerca de oito mil famílias que têm algum surdo e mudo que quer ser ouvido, que quer ser visto, que quer ser incluído”, defendeu o parlamentar, lembrando que no seu primeiro mandato tinha feito um projeto de lei para que fosse instituída a presença de um intérprete de libras na casa.
Em outro momento do seu pronunciamento, dizendo-se um defensor da causa do autismo desde o seu primeiro mandato, uma questão que está sendo abordada agora por outros colegas do parlamento, Magno Magalhães também falou sobre esse problema que tem afetado muitas famílias. Segundo ele, esse transtorno cada vez mais presente em muitos lares brasileiros, o chamado transtorno de espectro autista, como é definido na linguagem médica, não deve ser tratado não somente no âmbito da saúde, mas também da educação. E explicou: “O transtorno de espectro autista tem se disseminado de forma muito exacerbada, mas sabemos que existe uma subnotificação dos casos, porque quando a gente vê nas estatísticas, que tem de 1 a 2% da população e eu divirjo um pouco, porque eu tenho visto muito crianças com transtorno de espectro autista, apesar de não ser nem pediatra, nem neuropediatra, e vejo essa condição aumentando muito”, alertou o parlamentar.