Pequeno expediente foi muito produtivo na última sessão de outubro da Câmara Municipal de Caxias

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A sessão de quarta-feira (26/10) foi uma das mais produtivas do semestre, até agora, quando nada mais nada menos do que 13 edis fizeram uso da palavra no pequeno expediente da reunião legislativa.

Sob a presidência do vereador Téodulo Damasceno de Aragão (PP), e a mesa diretora composta também pelos vereadores Professor Chiquinho (1º secretário) e Durval Júnior (2º secretário), ambos do PRB, os trabalhos do dia colocaram em pauta, a fim de serem apreciados e votados nas sessões seguintes, entre requerimentos e indicação, dois projetos de lei oriundos do Poder Executivo: A Lei Orçamentária para o Exercício Financeiro de 2023; e a proposição que obriga bares, cafés, quiosques, restaurantes, casas noturnas, espaços de eventos e de shows, motéis, hotéis, ambientes e estabelecimentos similares, a adotar medidas de auxílio e proteção à mulher em situação de risco, assédio e outras formas de violência, no município.

Estiveram presentes na reunião, além dos parlamentares da mesa diretora, os vereadores Antônio José Ximenes (PRB), Antônio Ramos (PRB), Ângela Machado (PTC), Catulé (PRB), Ricardo Rodrigues (PT), Luís Lacerda (PCdoB), Torneirinho (PV), Mário Assunção (PRB), Darlan Almeida (PL) Thyago Vilanova (Avante), Gardênia Oliveira (PV), Daniel Barros (PDT) e Júnior Barros (PMN).

Levando a plenário assuntos dos mais diversos, foram os seguintes os pronunciamentos dos que se manifestaram no pequeno expediente da sessão:

Antônio Ramos – justificou requerimento pedindo posto policial para os residenciais Vila Paraíso e Eugênio Coutinho, ao comando da Polícia Militar, com apoio da prefeitura, devido as incidências de roubos e furtos de motos;

Ângela Machado –  agradeceu pelo primeiro ano da recuperação da sua saúde, situação relatada inclusive no evento alusivo ao Outubro Rosa da Câmara. Sobre o requerimento coletivo para afastamento da secretária de Assistência Social, Ana Lúcia Ximenes, disse que pode contar com o seu apoio, sempre que qualquer secretário vier a atrapalhar o trabalho dos vereadores. Ela justificou sua ausência na sessão de segunda-feira por problema de saúde;

Ricardo Rodrigues –  agradeceu a Deus por retornar à Casa, após quatro meses licenciado. Parabenizou os postulantes a cargo na última eleição, tantos os que lograram êxito como os que colocaram seu nome e tiveram uma votação expressiva, avaliando bem o potencial político caxiense, e citando Catulé Júnior, o colega Daniel Barros, Adelmo Soares, Cláudia Coutinho, Daniella e Amanda Gentil. Pediu conhecimento sobre pauta elencada por Professor Chiquinho;

Luís Lacerda – disse que a população precisava de uma resposta sobre a grande operação da Polícia Federal, que envolveu mandados de apreensão e, por conta disso, fez um vídeo que veiculou nas redes sociais na segunda-feira. Observando pessoas não respeitando os semáforos, sem capacete, solicitou da Secretaria de Transporte blitz educativa, com o fim de reduzir as vítimas de acidentes de trânsito;

Catulé – chamou a atenção para a discussão de assuntos relevantes na Casa, como o levantado por ele quando Ermano Filho foi demitido da Secretaria de Saúde e nomeado depois para o Hospital Geral, e agora o destacado por Lacerda, até porque foi uma operação de grande vulto, ouvidas e visitadas quase 30 pessoas na cidade, entre elas o próprio vereador como testemunha. Explicou que não foi para a Câmara na segunda-feira, pois aguardava a certidão solicitada por ele, por sua reputação ilibada, que não tem nada a esconder. Comentou que metade dos secretários nunca gostaram dele, por sempre discutir temas importantes, sem ter nada pessoal, levando a discussão não só para Câmara, mas ao Ministério Público;

Professor Chiquinho – lembrou que ele foi um dos vereadores que gravou vídeo na segunda-feira, como resposta à inquietude da população sobre a operação da PF. Esclareceu que estão fazendo investigação de uma ação de 2019, quando ele nem era vereador, e que aguarda que a polícia emita documento oficial como relatório. Comentou que na sessão são tratados outros assuntos do município, e que é preciso discutir, como projetos, a Lei Orçamentária, mas entende a ausência de colegas por questões pessoais e, com isso, a falta de quórum na última sessão;

Torneirinho – ratificou fala de Professor Chiquinho para a discussão de todos os assuntos. Quanto à operação da PF, disse que foi lamentável e triste, e que aqueles que devem, paguem. Fez uma reclamação em relação ao poço do Itapecuruzinho, com problema de falta de água, e uma parte do Luiza Queiroz, e informou que a engenharia do SAAE esteve lá, fez mudança de cabeamento e foi constatada a necessidade da mudança também de transformador, e que já mandou ofício solicitando à Equatorial. Sobre a Secretaria de Assistência Social, afirmou que como presidente de comissão tem sido muito prejudicado, lembrando que já presidiu quatro audiências públicas, e muitos populares não têm idéia por não participarem, principalmente os conselhos. Criticou a perpetuação de conselheiros nos órgãos da gestão municipal;

 Ximenes – parabenizou o colega Daniel Barros, pela votação expressiva e coragem na candidatura a deputado federal, e Catulé Júnior (PSB), pela excelente atuação, com campanha que primou em mostrar o que faria como deputado estadual; ratificou que Caxias voltou a ter bons nomes na política estadual. Comentou ataques de colegas do parlamento (entre eles, Professor Chiquinho e Torneirinho em sessões anteriores) à secretaria onde sua esposa é titular, acrescentando que não foi à casa do prefeito pedir a vaga para ela. Segundo ele, reforma administrativa não é inerente a vereador, mas sim ao gestor municipal. Lembrou de quando o colega Professor Chiquinho foi secretário da pasta citada e de como sua gestão era bastante criticada nas sessões e reuniões. Para ele, muitos que atacam não têm a coragem de fazê-lo face a face, mas o fazem quando colegas não estão presentes nas sessões. Enquanto que ele, pelo contrário, prefere dizer o que pensa sempre na presença de eventual interlocutor.

Mário Assunção – lembrou de quando Catulé foi presidente da Casa e ele era 1º secretário, que não aceitavam nenhum tipo de agressão a um vereador. Concordou com Ximenes, admitindo que quem indica e tira é o prefeito, mas ressaltando que o povo deu aos vereadores a obrigação de cobrar e dizer quando está errado, seja secretário ou não; como a reclamação feita por Professor Chiquinho, ainda mais que foi secretário da pasta e tem profundo conhecimento sobre ela, fala que se existem denúncias no passado, deve questionar os processos e indagações que não apareceram. Para ele, sobre a operação da PF, a polícia é quem tem que se manifestar, e acredita que se tivesse algo escancaradamente de errado, não haveria só mandado de apreensão, vinha de prisão também e de afastamento.

Darlan – conclamou os vereadores, até mesmo a Comissão de Saúde, para uma denúncia que tem afetado moradores dos povoados Boca da Mata, Santo Antônio, Alecrim e Vertente, de falta de médicos e enfermeiros na UBS Santo Antônio. Relatou que esteve no local, conversou com agente de saúde, e que já ligou para a secretária de Saúde e ainda não obteve resposta. Quanto à reforma administrativa, preferiu não comentar por ser de responsabilidade do prefeito. Concluiu seu pronunciamento declarando voto na reeleição de Bolsonaro.

Thyago Vilanova – lembrando a frase que viralizou nessa campanha “tem que gostar de gente”, sem generalizar, percebe no secretariado, em cargos de coordenação, de chefia, que quem está lá não gosta de gente não, pois dificulta tudo quando se trata de pedido de vereador; que não faz pedido próprio, faz para o povo, e tem legitimidade para cobrar. Reforçou posicionamentos de colegas sobre a operação da PF, acha que a apuração é de competência da Justiça Federal, que é quem irá indiciar os investigados, e é do ponto de vista de que quem deve tem que pagar.

Gardênia – concordou que, em relação às indagações da população pela operação da PF, a resposta não cabe aos vereadores, até porque o fato é referente ao ano de 2019. Aproveitou para comentar sobre esse ano, que foi difícil para todos, com muitas perdas, quando diziam para ficar em casa, e ela ficava em hospitais todos os dias e observou (tendo como testemunha o colega Lacerda) a luta grande de pessoas que gostam de gente, a classe médica, de enfermeiros, do maqueiro, de porteiro, de lavador, trabalhando e cuidando das pessoas que estavam precisando. Quando ninguém podia entrar nas UTIs, em salas para não pegar Covid, ela esteve lá, e um dia se encontrou com o amigo Dr. Flávio, que lhe mostrou a UTI do Hospital Geral, com macas novas, respiradores, tudo funcionando, e uma equipe excelente; disse isso da UPA e do Hospital Geral. Parabenizou o SAMU e todos os órgãos públicos, pelo empenho, mediante os recursos disponíveis, e a todos que se envolveram direta ou indiretamente para salvar vidas em Caxias.

Durval Júnior – agradeceu a Deus por sua trajetória limpa, sempre ajudando a quem mais precisa, e que tem lado e posicionamento. Frisou que não recebeu visita da Polícia Federal, mas também está solidário ao prefeito, que geriu a cidade em momento de pandemia, difícil, no qual perdeu seu pai e irmão e foram montados UTI e Hospital de Campanha. Segundo ele, o momento continua não sendo fácil. Assinalou que os medicamentos subiram muito de preço na pandemia, ao ponto de um remédio que custava 10 reais subiu de 200% a 300%, e isso tem dificultado o abastecimento dos postos de saúde. Lembrou que a operação da Polícia Federal acontece não só no Maranhão, mas no Brasil todo, para saber como foi usado o recurso para a pandemia em prol da população. Para ele, se fosse como a oposição está falando, com certeza o prefeito estaria preso e afastado, mas ele sendo investigado, sendo feita uma auditoria. Em relação à reforma administrativa de secretariado, disse que o povo o elegeu como vereador por três vezes, e que não precisa enforcar o prefeito, pois sabe dividir o que tem, principalmente com quem mais precisa.